Este espaço é um caderno de anotações para rascunhos ou para criações que podem talvez nem precisar de retoques. Tirar da gaveta os escritos que nunca mostramos a ninguém é um desafio. Escrever diretamente numa página da internet sem a precaução de uma revisão mais apurada, pode nos trazer vergonhas futuras. Mas se o escritor contemporâneo ainda deseja ser lido, deseja ser publicado por uma editora, ele precisa de algum modo mostrar o que ele escreve a alguém. E um blog na internet não é um golpe de gênio nem a invenção da roda, vamos combinar, mas é o começo. É a opção mais acertada por parte de quem enche a porra do saco dos amigos, diariamente, com seus escritos via redes sociais. É, ainda, o espaço da errância, pois clicando em qualquer botão delete, ninguém jamais se lembrará do que estava publicado, com a exceção de um possível print screen safadinho a rir de nossa cara.
Bem, por enquanto é isso. Gostaria de desejar boas vindas a todos os futuros leitores e abrir este espaço para sugestões e colaborações de autores que queiram exibir suas produções, ou que desejam falar de (e com) literatura.
A primeira criação é o poema que leva o nome que escolhi pro blog. Saca aí!
Ateliê Ferrugem
É pelo excesso de oxigênio que o metal se quebra,
é por ter respirado demais que ao pó ele regressa.
Se a oficina está quase parando,
retiremos as teias de aranha,
liguemos as máquinas antigas.
É preciso mover as juntas
dos ossos
caminhar por uns cem metros
até bufar.
Estar à beira da morte não impede a demão
de tinta na pele
quebradiça.
Colorida, ela abre seus respiradouros
para novas ventanias e afetos alegres.
=D
ResponderExcluirOdeio isso, mas é um prazer inaugurar a seção de comentários.
Que venham muitos outros poemas, enferrujados ou não.
s2
E continue divulgando nas redes sociais.. afinal, pra alguma coisa aquilo tem que servir. =)