quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Entra aí, é tudo nosso!

Este espaço é um caderno de anotações para rascunhos ou para criações que podem talvez nem precisar de retoques. Tirar da gaveta os escritos que nunca mostramos a ninguém é um desafio. Escrever diretamente numa página da internet sem a precaução de uma revisão mais apurada, pode nos trazer vergonhas futuras. Mas se o escritor contemporâneo ainda deseja ser lido, deseja ser publicado por uma editora, ele precisa de algum modo mostrar o que ele escreve a alguém. E um blog na internet não é um golpe de gênio nem a invenção da roda, vamos combinar, mas é o começo. É a opção mais acertada por parte de quem enche a porra do saco dos amigos, diariamente, com seus escritos via redes sociais. É, ainda, o espaço da errância, pois clicando em qualquer botão delete, ninguém jamais se lembrará do que estava publicado, com a exceção de um possível print screen safadinho a rir de nossa cara. 

Bem, por enquanto é isso. Gostaria de desejar boas vindas a todos os futuros leitores e abrir este espaço para sugestões e colaborações de autores que queiram exibir suas produções, ou que desejam falar de (e com) literatura. 

A primeira criação é o poema que leva o nome que escolhi pro blog. Saca aí!

Ateliê Ferrugem

É pelo excesso de oxigênio que o metal se quebra, 
é por ter respirado demais que ao pó ele regressa. 

Se a oficina está quase parando, 
retiremos as teias de aranha, 
liguemos as máquinas antigas. 

É preciso mover as juntas 
dos ossos 
caminhar por uns cem metros 
até bufar. 

Estar à beira da morte não impede a demão 
de tinta na pele 
quebradiça. 
Colorida, ela abre seus respiradouros 
para novas ventanias e afetos alegres. 

Um comentário:

  1. =D

    Odeio isso, mas é um prazer inaugurar a seção de comentários.
    Que venham muitos outros poemas, enferrujados ou não.

    s2

    E continue divulgando nas redes sociais.. afinal, pra alguma coisa aquilo tem que servir. =)

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